11.10.16

Foi assim que aconteceu...


... ou pelo menos começou. Não podia deixar passar mais tempo. O coração não ia ficar mais calmo com toda a mentalização que fazia no meu psicológico. Não ia e eu, no fundo, sabia. Decidi que teria que ser ali e agora. Eram três da tarde na minha faculdade e a minha mão não conseguia controlar o rato do computador. Um batimento irritante entre o rato e a mesa era marcado pelo meu ritmo cardíaco. eDreams. Lisboa. Há mais algum aeroporto em Lisboa? Não, Patrícia, concentra-te, só há um e não vais tornar isto demorado. Ok.. E agora, Bruxelas. Três aeroportos, fantástico. Joanaaaa, para onde vou mesmo? "Zaventem, mulher, já te disse tantas vezes." A memória é algo tramado nestas alturas. 

Proceed, proceed. Ok, agora tenho aqui milhares de opções. Humm, então vamos limitar isto entre a Ryanair, a EasyJet, a TAP e no mês de Abril. Uns dias depois dos meus anos para começar em alta (literalmente) o meu vigésimo segundo aniversário. Vejo as opções e percebo que as low cost ficam ao mesmo preço da TAP por querer levar mala de porão. Parece que vou poder ir de pernas bem esticadinhas, ou pelo menos era o que todos me diziam sobre viajar na TAP e mais ainda se fosse nos lugares da saída de emergência. Acho que nunca perceberam que a única saída - que uma pessoa que viaja sozinha pela primeira vez - iria querer ter dali era a normal. Pronto, na primeira e em todas as outras vezes. Mas pelo menos ajudarem-me a esquecer que existia a possibilidade de uma emergência era no mínimo, bastante simpático. Se bem que caso fosse para poder ir ao pé da janela nunca recusaria. Será que isto já dá para escolher aqui? Hummm, não.

Dez minutos e uma conta pessoal criada depois, faço o meu último click para marcar a viagem. 

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